Tudo é efémero na insuficiência da existência
Nada chega, nem o tempo nem o espaço
E quando expira o calor de um regaço
Vemos que a vida nem é vida, mas experiência
O que há para apagar, fica pintado
Em frias e eternas pinceladas
Segundo crédito para um acto equivocado
Não existe, só memórias encerradas
Capítulos de um livro terminado
Onde o fim é sempre um novo início
Não há clima poeirento ou abafado
Somos da vida, gerações ossos de ofício
Mas pesa sempre esta naturalidade
Que natural é o natural custar
E a pena e o seu peso é, nesta idade,
Ficar sem tempo mais para te abraçar.
08-12-2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário